Paróquia São Francisco de Assis

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Votos de Nossos Irmãos Menores Renovados na Paróquia

Estamos vivendo, neste ano, os 800 da Regra Bulada e os 800 anos do presépio de Greccio. A Regra indica o caminho a ser seguido por de todo religioso franciscano: viver o Evangelho em obediência, sem nada de próprio e em castidade.

Assim, no contexto dos centenários, é tempo de renovação dos votos e, acima de tudo, renovação da profissão de fé daquilo que se acredita ser enquanto religioso franciscano. Por esse momento tão especial, no dia 24 de novembro, Fr. Gustavo presidiu uma missa em que Fr. Paulo Pereira Fr. Fidêncio Vanboemmel. Fr. Rodrigo da Silva Santos, Fr. Robson Scudela, Fr. Valdecir Schwambach, Fr. Raimundo J. de O. Castro, Fr. Antônio Everaldo P. Marinho renovaram os seus votos.

Ao renovar os votos, mais do que um compromisso, os frades recordam o dia de sua primeira profissão, o ministro provincial que os acolheu, mas, principalmente, como nos disse o Papa Francisco, recordam o chamamento e a iluminação pelo Espírito Santo, além do grande ministro da Ordem a “renovar a própria visão: foi o que aconteceu ao jovem Francisco de Assis”. Ele próprio atesta, narrando a experiência que, no seu Testamento, coloca no início da sua conversão: o encontro com os leprosos, quando “aquilo que me parecia amargo se me converteu em doçura de alma e de corpo” (Test 1-4). “Nas raízes da espiritualidade franciscana”, segue o Papa, “este encontro com os últimos e os sofredores, no sinal do “fazer misericórdia”. Deus tocou o coração de Francisco através da misericórdia oferecida ao irmão e continua a tocar os nossos corações através do encontro com os outros, especialmente com os mais necessitados”.

               A renovação dos votos é, como nos recordou Frei Gustavo Medella, vigário provincial, que presidiu a celebração, a oportunidade que o Senhor nos dá para “renovar a capacidade de olhar o mundo e a própria história com olhar franciscano”, contemplando “o irmão pobre e marginalizado, sinal, quase sacramento da presença de Deus”.

               Somente assim, recordava o vigário provincial retomando as palavras do Papa Francisco, deste olhar renovado, desta experiência concreta de encontro com o próximo e com as suas chagas, pode surgir uma nova energia para olhar rumo ao futuro como irmãos e como menores, como vós sois, segundo o bonito nome de “frades menores”, que São Francisco escolheu para ele mesmo e para vós.

               A força renovadora de que necessitais vem do Espírito de Deus, daquela “santa operação” (Regra Bulada 10, 8), que é o sinal inequívoco da sua ação. Aquele Espírito, que transformou a amargura do encontro de Francisco com os leprosos em doçura de alma e de corpo, ainda hoje age para dar novo vigor e energia a cada um de vós, se vos deixardes provocar pelos últimos do nosso tempo”.

               A celebração da renovação dos votos é uma verdadeira recordação, isto é, um caminho de volta ao coração; é sair de si para ir para o centro de si, para o coração. É deixar as sandálias às portas do coração porque este lugar, a Igreja-casa do coração, o templo de nossa vida é santo. Como Francisco e com Francisco é ouvir sempre de novo o apelo “Vai e reconstrói a minha Igreja”.

Essa celebração foi e é, portanto, uma renovação missionária que convida, como aponta o Papa, “a sair ao encontro dos homens e das mulheres que sofrem no corpo e na alma, a oferecer a vossa presença humilde e fraterna, sem grandes discursos, mas fazendo sentir a proximidade como irmãos menores. Ir rumo a uma criação ferida, a nossa casa comum, que sofre de uma exploração distorcida dos bens da terra para o enriquecimento de poucos, criando ao mesmo tempo condições de miséria para muitos. Ir como homens de diálogo, procurando construir pontes e não muros, oferecendo o dom da fraternidade e da amizade social num mundo que luta para encontrar o rumo de um projeto comum. Ir como homens de paz e reconciliação, convidando à conversão do coração quantos semeiam ódio, divisão e violência, e oferecendo às vítimas a esperança que vem da verdade, da justiça e do perdão.  A partir destes encontros, vocês, frades menores, segundo aquela palavra que é o caminho: “A Regra e vida dos Frades Menores é esta, a saber: observar o santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (Regra Bulada 1, 1)”.

 

 

 

 

 

 

Equipe PASCOM

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