Paróquia São Francisco de Assis

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Destaques, Jubileu de 2025 › 05/03/2025

Apresentação da Campanha da Fraternidade 2025

Em 2025, o tema escolhido para a Campanha da Fraternidade 2025 é: “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).                                                 

A Campanha busca promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra.

Objetivos Específicos:

1) Reconhecer o caminho percorrido e as ações já iniciadas com a Encíclica Laudato Si’ (LS) e o Sínodo da Amazônia, em vista do seu fortalecimento e continuidade;

2) Denunciar os males que o modo de vida atual impõe ao planeta e que tem gerado uma “complexa crise socioambiental” (LS 135), dado que em nossa Casa Comum “tudo está interligado” (LS 16);

3) Apontar as causas da grave crise climática global, a urgência de alteração profunda nos nossos modos de vida e as “falsas soluções” (LS 54) fomentadas em nome da transição energética;

4) Aprofundar o conhecimento do “Evangelho da Criação” (LS, Cap. II), valorizando a dimensão trinitária da fé cristã e recuperando o horizonte bíblico da aliança universal que envolve todas as criaturas (Gn 8-9);

5) Explicitar a Doutrina Social da Igreja e assumir o compromisso com a conversão integral, para a superação do pecado, em todas as suas manifestações;

6) Vivenciar as propostas do Ano Jubilar em vista de novas relações do ser humano com Deus e suas criaturas, consigo mesmo e com o próximo;

7) Propor a Ecologia Integral como perspectiva de conversão e elemento transversal às dimensões litúrgica, catequética e sociotransformadora do compromisso cristão;

8) Incentivar as pastorais e os movimentos socioambientais, em articulação com outras Igrejas e Religiões, sociedade civil, povos originários e comunidades tradicionais, em vista da justiça socioambiental e da atuação socioeducativa;

9) Promover e apoiar ações efetivas que visem à mudança do modelo econômico que ameaça a vida em nossa Casa Comum;

10) Apoiar os atingidos por catástrofes naturais e as vítimas dos crimes ambientais em sua busca por reparação e justiça;

11) Celebrar os 10 anos da Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, acolhendo a Laudate Deum e avançando com as temáticas socioambientais que já foram abordadas nas Campanhas da Fraternidade                                    

 

O cartaz da CF 2025 traz elementos visuais que expressam a conexão entre a criação divina e o cuidado humano. A imagem central exibe a Terra como um presente de Deus, cercada por figuras humanas que demonstram gestos de proteção e preservação.

A composição gráfica inclui elementos naturais, como árvores e rios, além de representações culturais, valorizando a diversidade.

O lema “Deus viu que tudo era muito bom” reforça a mensagem de que a criação é sagrada e merece respeito.

• São Francisco de Assis: em destaque no cartaz, ele simboliza o homem transformado pela experiência do amor de Deus, em Jesus crucificado, reconciliando-se com Deus, com seus irmãos e irmãs e com toda a criação.

Essa reconciliação universal encontra sua máxima expressão no Cântico das Criaturas, composto por São Francisco há exatos 800 anos. A imagem utilizada é um recorte da obra barroca “Êxtase de São Francisco de Assis”, de Jusepe De Ribera.

• A cruz: posicionada no centro, a Cruz tem um papel essencial na espiritualidade quaresmal e franciscana. No cartaz, ela remete à experiência de São Francisco com o crucifixo da Igreja de São Damião, em Assis, onde ele ouviu a voz de Cristo chamando-o para reconstruir sua Igreja.

Inicialmente, Francisco interpretou esse chamado como sendo a restauração da pequena Igreja de São Damião, mas posteriormente compreendeu que se tratava de uma missão muito maior: a renovação da própria Igreja de Deus.

A Quaresma nos convida a essa reconstrução, tanto na vida pessoal de cada cristão quanto na comunidade, na sociedade e na Criação na totalidade, pois somos chamados à conversão.

• A natureza: elementos como a araucária, o ipê-amarelo, o igarapé, o mandacaru, a onça-pintada e as araras-canindé representam a riqueza da fauna e flora brasileiras. Em vez de serem exploradas de forma predatória, devem ser protegidas e integradas à vida humana, conforme o chamado divino para sermos guardiões e cuidadores de toda a Criação.

• As cidades: a presença de prédios e favelas reflete um Brasil cada vez mais urbanizado, onde grandes populações vivem distantes da natureza, enfrentando desafios que impactam a qualidade de vida. No entanto, todos — seres humanos, campos, cidades, animais, vegetação e águas — foram criados para, com sua existência, formar um verdadeiro “louvor das criaturas” ao bom Deus.

• A colagem: a escolha dessa técnica artística e simbólica permite a união de diferentes elementos em uma única composição, representando a diversidade e a interconexão de toda a Criação. Além disso, essa abordagem remete à Ecologia Integral, que valoriza todos os aspectos da vida — espiritual, social, ambiental e cultural.

Cada peça da colagem, apesar de única, contribui para a totalidade da imagem, assim como cada ser humano e cada parte do meio ambiente têm um papel fundamental na construção de um mundo sustentável e harmonioso.

                                                                         CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil                                       

                                               

 

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