NO MEIO DA QUARESMA

Na Quarta-Feira de Cinzas iniciamos o processo de viver melhor a nossa amizade com Deus, numa busca profunda de reconhecê-lo, amá-lo, adorá-lo e vivenciá-lo em todas as coisas que ele criou: “E viu que tudo era muito bom”. E ainda, uma frequente busca de nos vermos como lugar da experiência de Deus, que quis morar no meio de nós e ardentemente celebrar conosco a Páscoa, a libertação da nossa escravidão. Assim também no desejo ardente de encontrar sinais fecundos na pessoa do próximo como lugar da realização da mística e da fraternidade, na cooperação genuína com a divindade através dos dons recebidos do Pai. E agora, já no meio tempo desse itinerário alcançamos uma visão que aponta para o lugar da transfiguração desse modo de vida. É possível que nos perguntemos se vale a pena correr para ela. E eu digo que sim! Vale a pena correr nesta visão do amadurecimento desse itinerário, de ver a alegria repleta em nossa condição humana nas superações do nosso modo individualista de viver, na solidariedade exercida em favor dos menos favorecidos e ainda da esperança de que nos tornamos, quando saímos de nós mesmo, para engajar-nos no projeto divino. Então vale a pena continuar insistindo na visão, pois é de esperança que vamos chegar lá! Deixemos que o Espírito Santo nos conduza para essa visão e agora continuemos a nos empenhar no empreendimento que já iniciamos e aguardar os frutos e as riquezas no banquete da vida. Coragem para chegarmos juntos na Páscoa prometida.

Frei Florival Mariano de Toledo, OFM                                                    

                            Pároco